Comecei a viajar, em 1998 e desde sempre, me senti em casa no papel de viajante.
Contudo, lembro-me que sentia um medo aterrorizador de conhecer o Brasil. Dizia, para escapar aos convites de familiares e amigos que lá viviam, que o Brasil era um país inseguro e com muita criminalidade. Durante muito tempo “fugi” de visitar este país.
Em 2008, numa sessão de regressão, recordei uma vida passada no Brasil e começou a ficar clara a razão desta fuga. E, nesse mesmo ano, fui conhecer São Paulo, pela primeira vez. Ia obviamente apreensiva, mas cheia de vontade de enfrentar este fantasma. E foi tão bom este reencontro que, de 2008 a 2013, viajei todos os anos para São Paulo. Tinha que lá voltar, uma e outra vez. Cheguei, inclusive, a ponderar ir viver para lá. Sentia-me novamente em casa.
Depois do Brasil, o Perú foi outros dos locais que me marcou. Estava a encerrar um ciclo. Tinha acabado de sair da empresa onde trabalhei 13 anos.
Ainda não me sentia totalmente recuperada do problema de saúde que tinha tido e quando entrei no Lago Titicaca, senti logo a minha energia a mudar. O meu corpo vibrava como nunca tinha sentido antes. Uma força a entrar por debaixo dos meus pés e que subia por todo o meu corpo. Foi uma sensação maravilhosa. Não queria sair dali.
E, foi a partir do Perú, que comecei a explorar e a ter curiosidade para conhecer outros locais no mundo com esta “energia”. Por isso, no ano seguinte, a viagem à Índia, foi igualmente especial.
Conheci o norte da Índia, fui visitar o conhecido Taz Mahal, mas foi no Templo de Akshardham, em Nova Deli, que voltei a sentir aquela “energia” tão especial. Um lugar que, ainda hoje, só de pensar, sinto o meu corpo a vibrar. Quero muito lá voltar.
Esta viagem à Índia, marcada também por uma bactéria nos intestinos, representou também um momento de viragem na minha vida. Esta bactéria veio relembrar-me que não estava a cumprir o propósito que me trouxe a esta vida. Por medo de falhar a trabalhar por conta própria, tinha voltado a trabalhar por conta de outrém. Mas o meu corpo já me andava a dar sinais de que tinha chegado o momento de sair dali. A bactéria foi, sem dúvida, o desencadeador desta mudança. Ela simplesmente não queria sair, insistia em permanecer. Mas finalmente saiu, quando eu tive a coragem de dizer à minha Chefia que me queria ir embora. Não imaginas o alívio que senti naquele momento.
Cracóvia e Amsterdão foram mais duas cidades lindas que visitei, mas igualmente marcantes. Fruto de terapias que fui fazendo, tive conhecimento de vidas passadas ao serviço do Nazismo. Nada de que me orgulhe, mas foi o que foi.
Visitar o campo de concentração, em Auschwitz, foi duro. À medida que o autocarro se aproximava, comecei a sentir a energia a ficar cada vez mais densa. Como uma nuvem negra a pairar sobre a minha cabeça. Foi duro, muito duro, visitar cada sala e sentir a dor de tudo o que ali se passou.
A casa de Anne Frank, em Amesterdão, era um dos locais que eu sentia que tinha mesmo que visitar.
O Diário de Anne Frank, foi um dos primeiros livros que li e, nessa altura, lembro que não parei de o ler até o terminar. E lá fui eu.
À entrada, pedi os áudios para me ajudar a conhecer melhor cada canto da casa.
Quando saí, estava com um nó gigante na garganta. Chorei, chorei, chorei, sem conseguir parar. Foi catártico e muito libertador.
Em 11.11.2021, decidi que iria viajar para o Egipto e participar na abertura do portal 22.02.2022. Sobre o Egipto ainda não sinto partilhar tudo o que lá vivenciei. Fa-lo-ei quando chegar o momento. Hoje quero apenas partilhar contigo que, a apenas 1 mês de viajar para o Egipto, a viagem de escala para Frankfurt foi cancelada. Na altura fiquei devastada. Não percebi porque tudo aquilo estava a acontecer.
Como nada acontece por acaso e a vida vai-se mostrando à medida que vamos ganhando outra consciência, a vida estava a pedir-me novamente para ir a vidas passadas e trabalhar os temas que me impediam de fazer esta escala, quer para Frankfurt, quer para o Egipto.
Fiz um trabalho muito profundo e solitário de perguntar ao meu corpo e à minha alma, para me recordarem o que tinha acontecido nestes países e o que precisava trabalhar/curar. Tudo me foi mostrado. Tudo ficou claro. Depois do trabalho realizado e de vários compromissos que assumi perante estes dois países, recebi uma chamada de Frankfurt a remarcarem o voo. Sim, porque eu continuava a insistir em comprar um voo alternativo, mas quando clicava para avançar na compra, o computador simplesmente bloqueava.
E, quando voltei do Egipto, Marrocos chamou por mim. E fui lá sozinha, no meu aniversário. Quando cheguei lá, comecei a sentir um medo muito grande. Passeava pelas ruas, mas tive momentos em que me senti apavorada. Percebi que também aqueles sentimentos não eram desta vida. Fui lá recordar outras vidas e visitar pessoas que fizeram parte desse passado. E quando tive esta consciência, chorei profundamente e agradeci aqueles reencontros.
Senti, fazer estas partilhas contigo, por algumas razões:
1º Se sentes uma grande atração ou um pavor/repulsa por algum país, vai lá! Tens certamente algo para ir lá recordar, resgatar ou curar.
2º Hoje, as viagens que faço, são sobretudo chamados dos países, a pedirem-me para ir lá. E eu vou. Porque já lá vivi, porque preciso sarar algumas feridas e empoderar-me para cumprir a minha missão nesta vida.
3º Quem viaja comigo, sabe que não será uma viagem qualquer. Que há um propósito maior e que eu poderei ajudar a cumpri-lo.
Desde que voltei de Marrocos que estou a ser chamada para ir a Stonehenge. Lá terá que ser! 😅
Se sentes o chamado para visitar algum país e não queres ir sozinho/a, eu vou contigo. E vou ajudar-te a ultrapassar algum processo que surja.
As “viagens que mudam vidas” ainda agora começaram e tenho a certeza que vão mudar a tua!
… Não podia de deixar o meu comentário, adorei a parte da casa de Anne Frank, em Amesterdão… foi uma parte das tuas viagens essa foi muito sentida pelo que percebi pelas lágrimas.
Em poucas palavras quase dei a volta ao mundo ou senti a tua experiência no mais alto estado Puro.
Beijinho
Obrigada Rui pelo teu comentário. Bom sentir-me acompanhada deste lado e saber que as emoções passaram. Beijinho